quinta-feira, 8 de julho de 2010

O Casamento da Princesa - Capítulo I

Minha irmã vai casar. Há, pelo menos um ano, não há outro assunto em minha casa, já sei tudo sobre o evento: as burocracias da cerimônia tradicional,  a preparação dos noivos (Da noiva, né, o noivo só não casa de abadá porque faz parte da organização a noiva fiscalizar as decisões dele. Deus me dará a honra de nascer homem na próxima estadia!) e a organização da festa, o verdadeiro ritual do babado!
Por exemplo, meu cunhado teve que ser batizado. É bem verdade que ele escolheu a mim e a um amigo para apadrinhá-lo, aquele que me presenteou com uma lingerie sexy-brega-puta-pobre, e combinamos que a cerimônia seria na praia, em Salvador, no dia de Iemanjá, mas o casório será totalmente dentro das convenções católicas, o que nos obrigou a desistir de viajar e comemorar o evento no carnaval. (Mas a cara da minha irmã nos reprimiu mais que os ensinamentos do catecismo.). E ela teve que provar que já o era, fazendo uma tia bater à porta de todas as igrejas de Uberaba atrás de sua certidão de batismo, pois vovô e vovó, seus padrinhos, não colaboraram do além para fazer alguém lembrar o nome do santuário!
Maninha me deu a honra (ou será missão?) de acompanhá-la para escolher o vestido. Conhecendo-a como eu, pensei em comprar um tênis próprio para trilha, pronta para percorrer 18 lojas até encontrar um modelito que a fizesse ficar com a bunda da Juliana Paes e a cintura da Talia (te amo, Brassili!), tal qual não foi minha surpresa quando ela se decidiu na 2ª loja! Apesar de não ter ajudado muito, pois ela sempre respondia às minhas indicações com uma analogia, tipo,"parece um repolho"; "lembra a capa do botijão de vovó"; "se alguém me levantar na rua as crianças acharão que é algodão doce" ou "obrigada, não quero meus seios batendo no púlpito do padre", fiquei com vontade de casar vendo como ela ficou maravilhosa no vestido que escolheu, e sem os milagres do famigerado Dia da Noiva! Uma princesinha, como é querida por tantos.
Lembrar as providências para a festa e a paciência dos noivos já me faz bocejar! Ainda bem que os dois se ajudam, por exemplo, ele colaborou bastante nas demostrações de buffet e do bar temático, que fez questão que fosse o melhor, para tanto, indo à degustação dos drinques de 16 deles. E pensar que ela desculpou-se por não me convidar a ir à degustação dos doces... Deles eu vou lembrar é depois da festa, fia! Mas esta merece um capítulo à parte, vou reunir os melhores momentos dos bastidores, esta saga daria um livro!

3 comentários:

  1. Bom perceber que a finíssima inspiração irônica voltou...
    Tb não tenho o menor saco (e vocação) para casamento... pra algumas festas, até que sim...

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  2. Seus desabafos tem me inspirado os dias... e me ensinado sobre muita coisa... acredite!rs
    Confesso que só de pensar no ritual do casamento me dá preguiça...rs... muito embora casarei com certeza( ja tenho as madrinhas - vc e bruxa- e o futuro marido!) so me falta a disposição de encarar o ritual... se bem que gostei da ideia da praia... mas acho que minha sogra não aprovaria...rs
    Ai que delicia vir aqui e compartilhar momentos de inspiração com vc!
    beijos!

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  3. Rituais de casamento e o preparatório é realmente desgastante, graças a Deus minha mãe resolveu a grande parte das coisas pra mim, como decoração, cerimonialista, fotógrafo e o dia da noiva... passa tudo mto rápido para 1 ano de preparação e expectativas, gostei, foi bom, mas nada que me fizesse repetir uma outra vez!
    Gostei da idéia dos bastidores, é bem legal! Divirta-se, bjo Te Amo!

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