terça-feira, 26 de abril de 2011

♫...gosto tanto dela assim...♫


Começarei tentando descobrir por que algumas pessoas não conseguem postar comentário nesta piiiiiiiiii aqui. Alguém sabe dizer? Meu doce e transigente irmão diria que é uma questão complicada, você deve clicar em "postar comentário" e escrever. Mas, como vítima perene da ciberconspiração universal, sei que há mistérios neste espaço "ciberal" que nos fazem passar por asnos virtuais e sofrer injustos preconceitos como precursores das máquinas de datilografia manuais e das velhas enciclopédias e do velho "Meu querido diário", no meu caso, e, antes que eu continue a divagar imbecilmente, aguardo uma explicação verossímel!

No último dia 21 foi aniversário da minha coroa preferida, minha cidade, Brasília, 51 anos e cada vez mais gostosa! Na ocasião, eu queria ter postado minha singela homenagem, mas em virtude do feriado (sacanagem, é bem no dia de Tiradentes, dois feriados em um só! Sacaneou, Juscelino!), não rolou, não lembro por quê, minha memória, já comprometida pelos, ora sobejos, ora privações da vida, não ajuda. Mas eu devia estar, ora de ressaca pela sexta-feira disfarçada de quarta, ora eufórica pela quinta-feira disfarçada de sábado!!! Enfim, antes que eu continue a divagar desembestadamente[2], vou ao assunto.
Outro dia, numa brincadeira no Orkut, foi pedido que cada qual falasse um pouco sobre sua cidade. Foi um festival de GOOGLE + CTRL C + CTRL V, o que me fez pender a balancinha dos prós e contras do Grande Oráculo do Século XXI, Mr. Google... Mas, antes que eu continue a divagar filosoficamente [3], vou postar o que escrevi sobre minha cidade sem recorrer-me à fórmula mágica dos sábios modernos, uma descrição meio boba de uma brasiliense apaixonada por sua terra. Mas, afinal, quem não é bobo quando ama? (E brega, diga-se an passant...).

Entardecer às margens do Lago Paranoá. Ao fundo, a Ponte Costa e Silva.

Sou nascida, criada e (des) estabelecida na capital federal! É uma cidade que, creio eu, tal qual não ter esquinas, não tem meio-termo para senti-la: ou se ama ou se odeia. Sou da parte que ama, ama aquém do que o Jornal Nacional mostra, e além do que cantam, poetizam e proseiam por aqui e por aí.
Sua magnitude está no ideal, no invento, no projeto. Brasília não é uma cidade linda por natureza, é linda pelos traços ininteligíveis do arquiteto. Por aqui costumam dizer que só faltou o mar pra ser a cidade perfeita. Permitam-me discordar, acho um encanto não precisar do mar pra ser bela!
A gente daqui também sofre preconceitos, e não precisa trabalhar no Congresso Nacional. Dizem que brasiliense é frio e inóspito. Ora, como assim? E como explicar tamanho hibridismo regional e cultural? Talvez a fama venha justamente daí, as pessoas são mesmo diferentes regionalmente, e aqui elas se misturam, e os opostos também podem se retrair (se distrair, se atrair, se unir, se resumir...).
Agora, ser brasiliense nato é ter estoque de hidratante e squazze para encarar a baixa umidade do ar; é dirigir há 15 anos e ainda ficar tonto errando as entradas das “tesourinhas”; é respeitar o pedestre em seu local de direito e jamais estacionar em vagas exclusivas; é se orgulhar muito da “turma da Colina”, como Renato Russo, Dinho Ouro Preto e Phellipie Seabra; é comer pastel com caldo de cana na rodoviária; é sonhar todo ano vendo as luzes de natal que encantaram João de Santo Cristo; é entender setores no lugar de quarteirões, regiões administrativas no lugar de bairros, números e siglas no lugar de nomes imortalizados.
Ah, acho que ser brasiliense nato e amar a cidade é isso, é ficar meio boba assim mesmo, é falar diferente por não ter sotaque!!!

P.S. gostei da palavra "sobejo", achei no Google!!! :)



sábado, 23 de abril de 2011

Toc, toc, toc!!!


Gente, que gostoso! Já sei o que fazer quando ficar ridicularmente carente: vou sumir! Nunca fui tão carinhosamente ameaçada! Àqueles que genuinamente sentiram falta de meus "devaneios tolos a me torturar", desculpem a ausência. É que, como boa representante das várias faces geminianas, andei enjoada de escrever e também bem humorada demais pra vir aqui. Meus diários ao longo da vida que o digam, há intervalos até de anos... e, não sei se feliz ou infelizmente, a falta de humor me deixa muito mais inspirada!
Então, nesses quase três meses de retiro catártico houve mesmo material suficiente para um livro cômico! Viajei bastante, às vezes sem sair do quarto, mas fui parar longe de casa também... Conversando com minha comparsa de pé na estrada concluímos que nossas viagens são 100% gafes, não houve uma em que algo inusitado/insólito/hilário/constrangedor/patético não tenha acontecido! E, normalmente, começa no aeroporto: dessa vez até as botas eu tive que tirar pra passar na esteira, e como continuou apitando, perguntei delicadamente à mulher se seria necessário tirar a calça, já que eram os botões que acusavam. Agora, imaginem que beleza: eu, em posição de Homem Vitruviano, levantando a blusa para provar que não estava usando cinto e com a mulher apalpando meus seios pra ver se o sutiã tinha bojo! Isso já sem os brincos, aneis, relógio, bracelete e... sapatos! E minha amiga na outra esteira, na mesma posição, por conta de uma insistente etiqueta-outdoor na calça dela! Merecia uma foto, mas fiquei sem graça de pedir ao policial federal pra tirar... E isso tudo pra descobrir que nosso voo havia mudado de portão, pro outro lado do aeroporto, ou seja, teríamos que passar pela praga da esteira de novo! Já fui me despindo pelo caminho mesmo, e prometo tirar até as obturações dentárias antes de viajar outra vez!
Ok, devidamente instaladas no avião (dessa vez não precisaram anunciar nossos nomes!!!), merecíamos uma cerveja, né? Àquela hora eu daria tudo por aquela Sol que eles servem, mais quente que o sanduíche! Mas o simpático comissário disse que só seria possível na hora do serviço de bordo, o que me levou a encarnar a pior das personagens mexicanas, apontar com toda a minha compaixão para minha amiga, que já entendeu a farsa e fez sua melhor cara de neurótica, e dizer ao rapaz que ela tinha muito medo de avião, e que precisava beber para não ter um surto nervoso, e que a última vez que isso aconteceu houve um pouso de emergência no meio de uma fazenda improdutiva no interior do Goiás. Chegamos bêbadas à Ilha de Florianópolis!
Que cidade deliciosa, que lugar lindo, que povo bonito! O taxista era bonito (segundo minha colega, tinha mau hálito), o recepcionista do hotel era bonito (o fotoshop etílico ajudou um pouco), o garçom era lindo (esse tinha um defeito reluzente na mão direita). Eu adorei Floripa e voltarei para conhecer as outras 41 praias que deixei de ir porque tinha que optar entre o dia e a noite... E, olha, não me arrependi ne um pouco, salve a noite no Centrinho da Lagoa da Conceição!
Depois volto, galera, prometo não prometer que não demorarei!!! hehehe. E não é charme não, é incostância cósmica!!!
Beijos!!!