domingo, 23 de janeiro de 2011

Santa paciência!

Oi! (... 17 espirros depois...)
"Há tempo, muito tempo que eu estou longe de casa...". Vim tirar a poeira da casa! Faxina é um bom passatempo para o domingo, coisa que faria com gosto só de pensar na Barbie Fashionsolhos Eliana e sua risadinha de cabra, o Gugu-Me-Engana-Que-Eu-Gosto com aquela cara de "trachédia" dele, o robô da Ana Hickman com pilhas novas e o Faustão e seus 30 anos de clichês. Meus discos e livros agradecem, meu computador e meu quebra-cabeça também! [Ouvi O Teatro Mágico sem chorar, terminei um livro e comecei outro de contos baseados em canções de Chico. A Net TV jamais verá meu dinheiro!].
Minha mãe ganhou um quebra-cabeça (nome apropriadíssimo!) de presente, para incentivar o cérebro, a memória, blablabla. Mil peças minúsculas que antes do juízo final formarão a Santa Ceia! Ontem comecei a montá-lo para encorajá-la, e já ando vendo o mundo em formato de pecinhas, nunca vi tanta facilidade para vícios! Não foi à toa que minha médica proibiu terminantemente o clonazepam em minha vida!
Então, já consegui começar, agora acho que faltam só umas 952 peças!!! E o primeiro rosto que ficou completo foi o de Jesus Cristo, não é auspicioso? Não acho a boca de Judas Escariotes por nada no mundo (será alguma alusão ao beijo da traição?). Ou deve estar embaixo do nariz dele que é enorme (aliás, ele é feipacarai, e desconfio, pela posição na cadeira, que esteja expelindo flatulências). André permanece sem orelha, mas vou encontrá-la, quando parar de confundi-la com dedos. João parece ter tomado bastante vinho e Jacó está com cara de que não aprova nada, nada o comportamento do colega! Tem algum que chama Tadeu? É que os nomes estão em latim e estou traduzindo por analogia. Ele parece suplicar a hóstia! Ou talvez o vinho, vai saber... Mas não acho que seja o pão, Felipe parece precisar mais dele, tá magérrimo! (Tadeu é bem gatinho!).
Bom, acho que até o Natal eu e minha auxiliar (não consegui sair da cadeira para mamãe tentar montar, ela só separa as cores) havemos de conseguir montar o quadro completo, mas preciso descansar um pouco, pois certamente Jesus não segurou a hóstia com o pé, como eu insistia em encaixar antes de perceber que já não estava raciocinando mais! Mas eu gostei da brincadeira, isso me manterá em casa até o dia em que terminar ou, muito mais provável, até o dia em que eu surtar, desmanchar tudo e ir dormir chorando! E sem direito a clonazepam!
Fui agora até a sala de TV e me deparei com o Sílvio Santos. Se pagarem hora-extra no ceu o Panamericano está salvo! Tudo bem, essa foi péssima, maldosa e pra forçar a barra, pois faltou assunto mesmo... Deixa eu ir atrás do nariz de Judas, e quando/se completar o quadro eu trago aqui pra enfeitar!
Uma santa semana a todos!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Constatações randômicas do fim de semana

Passei o fim de semana em casa, eu, minha mãe, “meus discos e livros e nada mais”. Como ser pensante que sou, e isso não é exatamente esnobismo ou qualidade, fico elucubrando de mim para mim mesma, e de vez em quando chego a umas conclusões que tenho vontade de expressar. Vamos lá:

1. Acho que meu anjo da guarda é um pernilongo, uma mosca, um mosquito (nunca soube diferenciá-los), pois sempre tem um perto de mim. Talvez por isso eu nunca tenho conseguido matar uma mosca na vida, algo intrínseco ao meu subconsciente. Meu sonho é uma daquelas raquetes que dão choquinho, mas acho que sentiria remorso, depois dessa constatação...

2. Não há nada mais terno que dormir de conchinha... com o travesseiro ou com minha almofada de rolinho. É sério, não se trata de ataque de carência, sinto uma ternura infantil quando me conforto em meu segundo travesseiro, adoro!

3. Faço mais caretas para mim mesma no espelho que o Jack Laclair! Mas, eventualmente, mando uns beijinhos para minha carinha linda, é só não olhar para a região abdominal!!!

4. Não é novidade aqui no blog que já faço parte da geração passada, aquela que começa a usar a expressão “no meu tempo...”. Mas a constatação tornou-se ostensiva quando fiquei toda feliz por ter comprado um aparelho novo de DVD e o filhinho do meu primo, de cinco anos disse, “por que não comprou um blu-ray, tia?”. Tia o carai, sou sua prima, pirralho!

5. Um dia quero dissertar sobre esdruxulismos peculiares dos seres humanos. Por exemplo, tenho uma amiga que só toma banho de havaianas brancas; outra só consegue passar rímel no retrovisor interno do carro e eu limpo meus óculos com os dedos, como se fossem limpadores de para-brisa, só que presos na parte de cima. Tenho até uma amiga que não gosta de chocolate! (Para ela acho melhor aconselhar uma visita a um psicólogo...)

6. Há um monte de coisas que são rotuladas negativamente que eu acho injusto: limpar as mãos na toalha da mesa, comer algo que caiu no chão, pendurar calcinha no banheiro, cabelo na comida (é só tirar, porra!), não escovar os dentes trinta vezes ao dia, passar um dia sem tomar banho por pura preguiça, consumir produtos com prazo de validade expirado (não ta verde e nem cheirando mal, ponho pra dentro), fazer cocô fora de casa (digo em outros banheiros, não no meio da rua). E aquela do tubo de pasta de dentes amassada no meio? QUAL O PROBLEMA DISSO, MEU SANTO PAI ETERNO?! Gostei desse tema, vou anotá-lo para explorá-lo melhor em outra ocasião! Convenções... 

7. Minha irmã esteve em casa sábado e comentou que o carnaval está próximo... E daí? É que seu quarto parece um carro alegórico. Desisti da cadeira roxa pro computador...

8. Minha mãe me obrigou a fazer compras alegando que não se sentia bem. Pois bem, só comprei produtos cuja marca ninguém nunca ouviu falar. Esnobei o OMO, o Tio João, a Coca-Cola, a Parmalat, a Bombril, entre outras. Só não fiz isso com a Garoto, a Elma Chips e a Antarctica. As pessoas dão a vida para montarem suas fabricazinhas e o mundo capitalista ignora! Injusto, isso. Minha mãe piorou do mal estar! Mas acho que não voltará a senti-lo na hora das compras. Fiquei orgulhosa de mim mesma! (O papel higiênico dissolveu antes de chegar em casa!).

9. Estou virando mãe da minha mãe. A velhice é realmente um retorno à infância, mas não é alegre como a primeira, embora não deixe de acarretar situações engraçadas. Me remeteu a um pensamento de Saramago, que diz que o homem começa a caminhar com quatro membros, depois passa a caminhar com dois e termina caminhando com três – fazendo referência à bengala. Nada a ver falar isso, né?


10. Não tenho mais o que falar. Ou não lembro. Ou cansei. Ou estou sendo muito requisitada no msn. Não, não vou ficar off, vou bater papo e vou abrir o Orkut para colher material humano para outros posts. (Isso ficou parecendo analogia a exames de laboratório, mas, e dái?). Tô é ficando deprê, comecei tão bem... Deve ser a segunda-feira anunciando sua chegada!

Tchau, pessoal!