sábado, 11 de dezembro de 2010

♫ "Tempo, mano velho, falta um tanto pra você correr macio..." ♫

Um belo dia mormaçado na capital federal: nublado e quente!
Primeiramente gostaria de agradecer à Santa Luzia, padroeira dos olhos, por ainda estar enxergando! É que, depois de tempos, fui a uma boate essa semana. Meu, não adianta insistir, aposentei pra certos tipos de balada (tinha escrito 'programa', na 'minha época' se falava assim e balada era apenas uma canção romântica... vários sinais da inexorabilidade - ufa! - do tempo!). E olha que ainda me considero no botão da idade! Mas o organismo é o mensageiro do tempo, numa hora dessas, é ele quem lembra que não tenho mais vinte e poucos anos.
Enfim, não sei como saí daquele lugar enxergando! Achei que aquela visão das pessoas em flashes fosse me cegar! Parecia aquelas cenas confusas nos filmes, em que a pessoa tem uma lembrança de um assassinato e, com as mãos sobre as têmporas, vai lembrando de vários rostos em rotação 285! Só não saí correndo como um personagem com síndrome do pânico porque o tempo ainda não está mandando mensagens terminais ao meu organismo! E a trilha sonora? Esse negócio de fazer música eletrônica é uma grande sacada, o cara faz uma música só para todos os CD's de sua carreira, vende horrores e ganha o mundo e a vida! Porque aquele putzputzputzputzputz é sempre a mesma música, não? Bem, aos adeptos, desculpem a ignorância e a insensibilidade ao ritmo, talvez eu esteja sendo horrível.
Mas a luz estroboscópica me deixou meio imbecil, eu perdi meu carro, fui pro lado oposto ao que tinha estacionado, já estava acionando a polícia quando me lembrei do ponto de referência. Tá, confesso, a luz só potencializou o efeito da Bohemia (ou foi o contrário?), e não fui eu quem lembrou o ponto de referência, eu nunca sei onde está o carro! (Lembrei de outra cena de assassinato em filmes, que a mocinha é levada pra um galpão abandonado, com uma aparência meio macabra, onde tenta fugir e fica correndo em círculos entre os obstáculos. É assim que me sinto toda vez que perco o carro nos estacionamentos subterrâneos.).
Mas sobrevivi em mais uma tentativa de me adaptar aos novos tempos! Mentirinha, eu sempre me senti meio deslocada em boates, sempre achei meio patético e, nesse sentido, "ainda somos os mesmos...". Só fui por causa das companhias e da aventura no meio da semana. E valeu a pena passar o dia seguinte enxergando o mundo intermitentemente!
Que bom que a mudança foi aprovada, a combinação de laranja com marrom também me agrada muito! Deixemos assim até as cenas dos próximos capítulos. Já posso até falar do próximo episódio, hoje vou a uma festa 'bombada', não na tentativa de me adaptar a algo, mas para comemorar o aniversário de uma pessoa especial, e, claro, sempre observando cenas esdrúxulas pra vir correndo aqui desabafar! Crítica sim, mas (quase) sempre com conhecimento de causa, afinal, "nossas histórias é que são as contadoras de nós". (Frase do livro "Pequena Abelha", de Chris Cleave. Fica a dica, excelente leitura pra quem curte, excelente oportunidade pra quem não curte começar bem!).


6 comentários:

  1. Amiga, me lembrei de quando iamos para a Matiné da ZOOM...claro que nem faz tanto tempo...rs...Tbm outro dia resolvi me aventurar numa boates dessas...que arrependimento..."festa estranha com gente esquisita", que musicas eram aquelas,nao entendia a letra...acho que nao tinha letra...essa modernidade...
    Beijos. Amo-te.

    ResponderExcluir
  2. "Mas o organismo é o mensageiro do tempo, numa hora dessas, é ele quem lembra que não tenho mais vinte e poucos anos"....Hahaha...sei bem o que está falando...Ultimamente eu e o Lú quando vamos em uma balada e voltamos tarde super cansados... nos sentimos assim!!! Bjos

    ResponderExcluir
  3. Me sinto assim...em muitas ocasioes...um peixe fora d'agua.

    ResponderExcluir
  4. Fá vc é demais!!!!
    Concordo em gênero, número e grau qnt a música eletrônica!
    Pra mim não há nada pior, sim Restar, Cine e afins tb é dose kkkkk.
    Mas numa boa, a nossa geração que sabia se divertir, não tinha balada, era Hi-Fi, Festinha Americana, meninas levavam comida, meninos levavam bebida, Paralamas, Legião, Barão Vermelho, Radio Táxi, Léo Jaime e cia faziam a nossa festa!!!

    Tenho dó desse povo e preocupo tanto com a minha futura pré-adolescente!!! Ai ai...

    Beijooooo e já, já eu volto!!! Te Amoooooooo

    ResponderExcluir
  5. O meu caso é bem o contrário... rs
    Amoooo música TchitumTchintumTchitum... kkkkkkkkkk
    Meu organismo ainda não sente tanto... Minha cabeça é que falta explodir (creio eu ser a enxaqueca que normalmente tenho) e ela se aproveita pra me ferrar no outro dia, mas tiro de letra!
    Me sinto ruim devido a "moçada" com os hormonios a flor da pele, olhando com cara de "qq a Tia tá fazendo na rua essa hora!" rs
    Acho que o Raul me dá esse pique todo! Pq ter um Raul... é nada perto de uma noitada! rs

    ResponderExcluir
  6. Também sou meio ET em boates, mas acho estroboscópio a maior viagem (só nunca acordei enxergando intermitente: aí já beira a psicodelia... rs). E nunca tinha reparado que a letra dos "bate-estacas" é putzputzputz...
    Ligar pra polícia dizendo que o carro que fugiu foi roubado é ponto em comum entre você e uma certa bruxa que conheço... hehehe

    ResponderExcluir