quinta-feira, 23 de setembro de 2010

♪ Amigo, você é o mais certo das horas incertas... ♪

Lendo tantos comentários fofos, inteligentes e divertidos por aqui, sempre, não tem como não recordar um acontecimento...
É a história da cética anta cibernética que vos fala e seu or/encontro com um bando de doidos que só podem ter sido escolhidos pelos deuses para não acharem nada melhor que fazer, a não ser navegar pelas comunidades do orkut e encontrarem-se numa delas, que os remetia ao primeiro sinal de afinidade, os Anos 80.
É verdade, nunca me atraí pelo mundo virtual além do necessário para não viver aquém, inclusive na hora de arrumar um emprego. Demorei mais que todos que me cercam para aderir a tudo: ao pacote office, ao e-mail, à internet e, finalmente, aceitar um convite pra participar do tal do orkut. Relações virtuais? Que absurdo, jamais participei de um chat na vida!
Sim, eu sou crítica, mas adoro pagar pela minha própira língua, de vez em quando! Depois que meus amigos 'reais' me convenceram a interagir 'com eles' virtualmente, fui seduzida pela Zebrinha do Fantástico e minha vida nunca mais foi a mesma depois de uma tarde qualquer em meados de 2005... Em pouco tempo eu já me dedicava mais aos 'amigos' virtuais que aos reais!
Mas isso não durou muito, logo minhas críticas às relações virtuais voltaram com força total e tive que resolver isso: peguei um avião e fui parar no RJ, e só fui perceber a maluquice disso tudo quando me vi na Lapa, cercada por um monte de gente que nunca tinha se visto na vida, mas que se entrosavam e se tratavam como se fossem vizinhos! Depois disso... Bem, eu merecia ter participação nos lucros da Infraero.
Teria boas histórias pra contar aqui sobre esses 5 anos de amizade, alegrias e surpresas (e umas macumbas também que nada é perfeito), mas tenho o propósito de não fazer posts (muito) enormes, sei que tornam-se enfadonhos, e já me disseram que as letrinhas brancas ficam piscando no cérebro insistentemente. (Ah, mas eu não quero mudar o fundo preto, vou tentar mudar a cor da fonte, ok?).
Enfim, só quis homenagear, de uma forma sucinta e modesta, um grupo de amigos que é muito importante pra mim. Que, dentro de sua diversidade, tornou-se tão afim; que nem a distância abala o aconchego e a presença; e que, mesmo pelo teclado, consegue ser deliciosamente afetuoso, como o abraço que eu gostaria de dar em cada um deles agora! Também comecei com o propósito de não citar nomes, mas sei que cada qual a quem me refiro como um grupo sabe o seu lugar nele. E no meu coração também.
E pra não perder o costume...
♫ ... a sua palavra de força, de fé e de carinho me dá a certeza de que eu nunca estive sozinho... ♫

E eu nem gosto de depoimentos extensos...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

♫Ainda somos os mesmo e vivemos como nossos pais...♪

Meus, preciso desopressar sobre esse atual (falso) culto ao individualismo que as pessoas incorporaram! Quero dizer com isso que mulher solteira sofre mais hoje que antes! Sim, porque antigamente, independente do motivo que impedia a criatura de ser feliz sozinha, era  tachada de "titia" e ponto, acabou! Hoje não, o buraco é mais embaixo! (Ou mais em cima, ou maior, ou menor, a preocupação alheia é com o buraco mesmo!): se a pobre aproveita a liberdade de poder pegar quem quiser é "periguete"; se não faz do assunto 'homem' a cláusula pétrea de sua vida é encalhada; e se tem o mínimo de critério pra não se contentar com qualquer toupeira com cabelo no peito é gay!
E o que a pessoa faz quando é enquadrada nas três categorias? Sim, porque eses dias vieram me dizer que souberam que sou gay, e, se não é a primeira vez que deduzem isso, também sou periguete, certo? E sobre critérios, o mínimo que meu autorrespeito exige me deixa uma percentagem ínfima de possibilidades... questão pra outro capítulo! Aí depois perguntam por que preciso de psicanálise, psiquiatra, meditação, clonazepam na veia, sessão de descarrego, livros de auto-ajuda e uma junta de líderes religiosos, se a própria sociedade me despersonaliza desta forma! Preciso é de uma temporada num ashram, na Índia!
Encerremos o assunto antes que pareça uma justificativa, e eu não vou ficar desfiando aqui sobre o que faço com "os sete buracos da minha cabeça", né, me poupe! Desculpem, não quis vulgarizar o babado. É que estava doida pra encaixar um excerto musical no post!
A propósito...

♫Já vou embora, mas sei que vou voltar...♫

♪Adeus também foi feito pra se dizer bye bye so long fare well...♫

♪Telma eu não sou gay, o que falam de mim são calúnias...♪




 

sábado, 11 de setembro de 2010

A Carta

Querido brother!

Como vai? Espero que esta o encontre com saúde e livre de atentados terroristas. Ok, humor negro não faz meu tipo, até tentei começar uma carta clichezona, mas é que não pude evitar assimilar a data e o país onde você se encontra. Por aqui, todos bem, graças.
Bem, resolvi usar o blog para dar-lhe notícias de suas coisas. Poderia mandar um e-mail, já que minha saudade não é relativamente proporcional ao valor de um DDI (como se eu imaginasse, ao menos por alto, quanto custa um, pensamento de pobre é foda mesmo, impregna!), mas talvez desta forma, assim, em público, você não queira me matar depois que souber que eu inundei sua sala... Enfim, achei criativo, sabe?
Então. Fui em seu apartamento ontem levar um pouco de alegria àquela planta esquisita. Que vegetal fashion com aparência de coisa geneticamente modificada é aquele, velhinho? Segui suas instruções, mas logo que aguei a Virgínia (não resisto a nomear as coisas...) imaginei crianças quando tomam banho de mangueira e ficam alegres, eufóricas, pulando, gritando e sorrindo! Então, achei que ela ficaria feliz se recebesse mais água... Foi aí que descobri que os vasos de plantas são furados e também entendi por que você fez questão que fosse utilizada AQUELA medida. Fiquei achando que fosse alguma superstição, tipo, "se eu usar outro recipiente para aguar a planta o Flamengo jamais será campeão novamente" (é que sei que só o mengão o faria chegar a este nível de auto-imbecilização, se fosse o caso). Mas não fique preocupado com seu sofá e seu tapete, creio que eles já estarão secos quando você voltar, o clima aqui tá do jeito que o cerrado não gosta!
Semana que vem voltarei para cuidar da Virgínia novamente, mas vou levar uns amigos que entendam melhor de plantas para me auxiliarem, eles vão adorar conhecer sua adega moderníssima! Pena eu não gostar muito de vinho, mas vi que a despensa tá bem provida de cerveja também, você pensa em tudo, hein, irmão?
E você, hein? Me fazendo gastar dinheiro na locadora com aquele tanto de DVD lá, peguei dez emprestados, tá? E aproveito para devolvê-los somente quando você devolver todos os meus livros.
Vou ficando por aqui. Divirta-se, tire muitas daquelas fotos que só são interessantes para quem está nelas e mande beijos pros primos.

P.S. É mentira... Só a parte da saudade, estou sim com saudadona de você, irmão, amo-te! (Não esqueça meus perfumes, fui!).

sábado, 4 de setembro de 2010

Novamente, sábado!

Ontem o cansaço acumulado pelo ritmo dos primeiros dias úteis do mês no trabalho me dominou e acabei trocando minha agenda social/etílica pelo edredom cedo da noite, o que me permitiu ver a manhã de sábado! Confesso que, em minha atual condição de "sujeito chato" da música do Raul Seixas, não há muito o que fazer sábado de manhã, a não ser para aquelas pessoas irritantemente bem dispostas!
Fui arrumar meu quarto, assistida por Edmunda, minha boneca de pano (a desgraçada é vascaína!), Schopenhauer, meu pinguim de estimação de pelúcia, já que não posso ter um de verdade (adoro pinguins!) e um monte de pessoas amadas pregadas na minha parede num painel de fotos (às vezes fico envergonhada de trocar de roupa perante ele).
Não sou daquelas pessoas que acumulam tranqueiras, não puxei mamãe, que tem um quarto inteiro para este fim (mas nem por isso livra os outros cômodos da casa). Tenho certeza que é lá que São Longuinho Duende Carente esconde tudo que some por aqui! Minha mãe consegue guardar potes de tudo que vem em potes, e tampas de tudo que vem tampado. Só não entendo por que não guarda o conjunto completo, penso que ela acha divertido ficar procurando uma tampa que encaixe num determinado pote.
Também fico torcendo para ser convidada para uma festa brega ou festa do ridículo ou algo similar, sempre ganho como a melhor caracterização, tamanha é a variedade de roupas fabricadas quando a Hebe Camargo nasceu e acessórios que dariam pra enfeitar um lindo jumento de festa do interior! Opa, estou começando a achar que aquele quartinho pode me render uma boa grana... Foda é conseguir abrir a porta sem imaginar uma avalanche de potes sem tampa caindo sobre mim, deve ter pote lá que me cabe dentro, já pensou? Gente, tem até um berimbau lá dentro, onde minha distinta mãe arrumou um berimbau? Tudo bem, não posso ser injusta com mamis, certamente é remanescente de alguma fase minha mesmo, ma qual decidi ser uma grande capoeirista mas desisti antes da primeira aula.
Bem, poderia ir até lá agora procurar material para compor este depoimento, inclusive o pouco que consegui tirar do meu quarto hoje, que já deve estar lá, claro, mas a fome já está prejudicando meu raciocínio, e como a tarde só começa depois do almoço, deixe - me despedir da manhã de sábado!