terça-feira, 16 de agosto de 2011

Caminhando e lembrando...

Credo, como isso aqui tá parado! Tudo bem, me lembrarei disto à luz dos holofotes!
Há alguns dias tenho feito caminhadas vespertinas pelo "bairro" onde moro, em prol da minha saúde e da estética também, já que minha silhueta tem me lembrado aquele bonequinho da Goodyear Pneus! Pois bem, resolvi enveredar pelas imediações cada dia por um caminho diferente, em princípio porque sou enjoada mesmo, para tentar tornar a coisa mais agradável, e agora para relembrar! É que tenho passado por lugares que cheiram a infância e adolescência... Passei por casas que já frequentei, mas nem de todas me recordo com quem; passei pelo colégio onde era uma pequena "quatro olhos" de vestidinho xadrez vermelho e branco e por aquela onde conheci pessoas que me acompanham até hoje, andando pela calçada onde fazíamos Educação Física. Pude ver as mochilas sendo arremessadas por cima do muro, para um dia de aventuras no shopping! Juro que senti cheiro de papel de carta e borracha perfumados, das colônias do Boticário e do molho do cachorro-quente da tia! E de cigarro barato e Chapinha, pra não ir mais longe...
Sorri da ingenuidade com a qual enfrentávamos o que não era permitido, ao passar pela pedra gigante que era a verdadeira "casa da fulana" de onde eu não saía; ao passar pelo muro onde encontrava o menino mais bonito do mundo, hoje avô do bonequinho da Goodyear; por tantas casas cujas campainhas conheceram bem minhas impressões digitais, e tantas outras familiares, onde certamente penetrei alguma festa...
Já tive a oportunidade de fazer boas ações também. Uma vez um senhorzinho me pediu para segurar seu cãozinho, ele jamais conseguiria fazê-lo... Segurei e tive vontade de sair correndo com aquela bolinha de pêlos pra mim, mas poderia matar o dono de desgosto, melhor não. Outra vez foi a bola da pelada da garotada que peguei e arremessei gentilmente, sendo ovacionada com gritos de "valeu, tia!". Da próxima vez que refizer aquele caminho vou lembrar de levar um objeto perfurante! E a outra foi uma senhora carregando uma sacola que devia ter bolas de chumbo dentro! Me ofereci angelicalmente para ajudá-la... Atrapalhou minha caminhada, mas, tudo bem, exercitei meus bíceps e tríceps branquiais e lembro disso até hoje quando tento levantar os braços!
E sempre rolam umas paquerinhas pelas calçadas! Mas não são aqueles gatos correndo sem balançar nada além dos cabelos que olham pra mim, são aqueles senhores correndo da morte! Black funny, perdoem...
Enfim, estou gostando de exercitar meu corpo e minha mente, e sinto que teremos cenas dos próximos capítulos, pois está mesmo valendo a pena ver de novo!

sábado, 6 de agosto de 2011

De volta aos Anos 80!

Não sei por que quando escrevo sábado sempre começo falando do ceu. Já que é assim, hoje está um azul de doer os olhos, aquele que o ser humano ainda não foi capaz de reproduzir! E, em pleno inverno, está um calor de suar, o frio tá longe daqui! É uma pena, prefiro tremer de frio que pregar de calor, sem pestanejar, ainda mais perto da minha cama, minha rede, meus livros e discos...
Falando em discos, fui ao show do Erasure esta semana. A palavra me lembrou porque falei em disco durante o evento (fico elétrica em shows e não paro de falar!) e minha amiga repreendeu-me dizendo que, na era da tecnologia (não me atrevo a citar exemplos), disco só se for voador ou rígido! Mas ali, naquele evento, tenho certeza que a grande maioria me entenderia, poucos tinham menos de 30 anos, salvo por algumas (coisa de mulher) que deixavam claro, pelos modelitos, que estavam longe da balzaquice: ninguém que foi adolescente na época da explosão da banda iria ao show vestida como a Natalie L'amour, com direito a seios encostados no queixo, inclusive! Fiquei imaginando como a pessoa se veste pra ir a um casamento, ou mesmo a uma boate dessas para azaração. Bom, no último caso, talvez ela nem se vista, né?
Mas, em contrapartida, tinha gente (coisa de mulher, 2) que estava se sentindo em meados de 1985, com direito a saia balonê e escova amassada!!! E vi também uma representante das duas gerações numa só, uma espécia de Amy Winehouse dos Anos 80, com aquele topete característico da recém-além-mandava bem cantante, mas com as madeixas amassadas, pintadas de preto azulado e corpete de renda num corpo já precisando de emenda! hahahahahahahahahaha, adoro "rimas fáceis".
Eu adoro ir a shows e ficaria satisfeitíssima se todos fossem como foi esse: cheio mas sem "empurra empurra aqui que tá gostoso", banheiros suficientes e limpos, cerveja gelada, pontualidade, organização, preço condizente com uma única apresentação, não com uma turnê, gente que pisa no seu pé e pede desculpas, não um beijo na boca, que te esbarra porque se empolgou nos passinhos das matinês, não porque bebeu vodka com suco de saquinho! Resumindo, um evento em que, certamente, não venderam todos os ingressos, porque sempre vendem mais que deveriam, resultando num show à parte, só que nada espetacular. E, claro, pelo público também, que prefere lotar os camarotes, deixando a pista para quem ainda prefere uma muvuca organizada! 
Vou deixar um vídeo da música que mais me levou de volta aos Anos 80, que delícia de som!!! Beijos saudosos pra vocês!
"my home is where the heart is..."